O vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro solicitando o afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues e a nomeação de um interventor — ele próprio — para comandar a entidade.
Este é o segundo pedido de Sarney, antigo aliado de Ednaldo, contra a atual gestão; o primeiro foi encaminhado ao STF. Agora, cabe à 9ª Câmara Cível do TJ-RJ, que já havia afastado Ednaldo em 2023 (decisão depois revertida), julgar o novo pedido.
Na petição, Sarney afirma que a contratação do técnico Carlo Ancelotti foi uma manobra da diretoria da CBF para “emparedar” a Justiça, diante de uma audiência marcada para esta segunda-feira. Ele sustenta ainda que há suspeitas de irregularidades no acordo que manteve Ednaldo no cargo, alegando ausência do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, em audiência judicial.
A CBF, por sua vez, argumenta que o acordo foi assinado por Nunes com acompanhamento de sua filha advogada, negando qualquer ilegalidade. Porém, Sarney pede liminar com base na suspeição do documento e reforça sua legitimidade para assumir a presidência interinamente, destacando sua trajetória na FIFA e Conmebol.
O desembargador Gabriel Zéfiro, relator do caso, determinou o depoimento de Nunes, mas a CBF informou que ele estaria doente e impossibilitado de comparecer. O impasse reacende a disputa pelo comando do futebol brasileiro.
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