O Grêmio Recreativo Império Serrano, a verde e branco do Monte Castelo sai na frente e é a primeira escola de samba a definir o hino que será entoado na Passarela do Samba do Anel Viário, em 2022, nas festas, na quadra, nos ensaios e nas apresentações no pre-carnaval.
A definição aconteceu no último sábado, 30 de outubro, com a realização do concurso de samba enredo, o qual contou com a participação de três propostas.
A Comissão Julgadora teve a presença do diretor presidente do Jornal Pequeno, o jornalista Lourival Bogéa, e do jornalista Joel Jacinto, colaborador do órgão das multidões, comentarista e produtor do programa “Samba Pede Passagem” da Rádio Universidade FM, emissora do Campus da UFMA.
No final da noitada apontou como samba vencedor a proposta dos compositores Riba Um (ex colunista do Jornal Pequeno), Darlan Oliveira, Lucas Neto , Hakã, Gustavinho Oliveira e Franklin Hudson.“ Para nós é uma satisfação mais uma vez de poder estar colaborando com a criação de sambas enredos do nosso carnaval, neste momento da pós pandemia, em que a cadeia cultural do carnaval ludovicense vai aos poucos se reinventando com o objetivo de não deixar o carnaval de passarela morrer” declarou o jornalista e colunista Riba UM, que pela primeira vez participa de concurso de samba enredo e saiu vencedor.
Também integrou a comissão julgadora, o carnavalesco e criador do enredo, o artista plástico e carnavalesco Wilson Bozó, além do músico e cineasta Hamilton Oliveira.
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GRES IMPÉRIO SERRANO 2022
ENREDO: SETENTA ANOS DO JORNAL PEQUENO, DOA EM QUEM DOER
PARCERIA: Lucas Neto, Riba Um , Darlan Oliveira, Hakã Silva, Frank Hudson e Gustavinho Oliveira
Extra , Extra o Império Chegou
A Furacão dando Show
É JP na Avenida!
Hoje o Couro vai comer
Doa em quem doer!
Zé Pequeno Pensou Grande
Bebeu na Fonte do Guesa Errante
Fez do Jornal sua trincheira
Da Liberdade Bandeira
Na Luta por Justiça Social
Resistência, incomodando os 'coronéis'
'Meteu tinta nos papéis'
Alavancou opiniões...
Coragem samba na 'língua de trapo'
Não perde o compasso
Com Órgão das Multidões
Zé,O Teu Pequeno Cresceu
Pois é, A Voz do Povo sou eu !
Ninguém vai calar a nossa gente
Sacode a Ilha, acorda a Serpente
Eu vou no 'Colunaço do Peta'
'Pintando o 7', 'Metendo a caneta'...
'Espírito de Porco', Te alerta ! Te ajeita !
''Vem lá da rua direita ..."
Meu Jornal, Entrou na Era Digital
Navegou , Compartilhou virou notícia
Aqui não tem "Fake News"
Vem ver! Dê "views"
Meu Manto Verde e Branco imortal
SETENTÃO NA PASSARELA
Por Riba Um
Quando o amigo e companheiro de redação, Joel Jacintho, me avisou que o Jornal Pequeno seria o enredo da Escola Império Serrano, tradicional agremiação lá do Monte Castelo, respondi-lhe que queria desfilar. Alguns dias depois, outro amigo, o sambista de raiz Lucas Neto, mandou a sinopse da Escola me intimando a fazer a letra de um samba para o concurso.
Me disse textualmente: "ninguém melhor do que você conhece a história do JP e tem mais convívio com a família Bogea e especialmente com a matriarca, que você chama de terceira mãe (a primeira é Dona Loura, mamãe, falecida no dia em que São Luís, completou 400 anos) e a segunda Maria Inês Saboya)".
Fiquei com aquilo na cabeça, mas, como nunca tinha enveredando pelo universo do samba, fiquei protelando a decisão, até que numa manhã, arrumando a biblioteca de minha casa, encontrei a revista. comemorativa dos 60 anos do JP e comecei a ler, pela primeira vez com curiosidade e atenção, tendo inclusive encontrado uma foto minha ao lado se Manoel Rubim e não se na festa linda que Josilda organizou no Espaço Renascença.
Depois, lendo artigos e matérias de todos os tipos fui fazendo breves anotações. Dois dias depois enviei a primeira 'boneca" do que seria a letra do samba. O compositor e cantor Lucas Neto gostou, mas disse que era preciso uma linguagem de "samba". Fiz a segunda "boneca" e ele se encarregou de dar a linha necessária e, assim, pelo watsap,.fomos construindo a obra que, para minha surpresa, agradou e sagrou-se a proposta vencedora. Que responsabilidade temos agora, eu, o carnavalesco Wilson Bozó e toda a diretoria para levar para a Passarela do Samba o grande jornal que o Zé Pequeno criou e a família, capitaneada por Hilda Marques Bogéa, modernizou e manteve como o maior patrimônio que um veículo de comunicação pode possuir: a credibilidade.
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