A Receita Federal liberou este mês a consulta do
primeiro lote de restituições do Imposto de Renda 2018, no qual estão incluídos
os contribuintes com prioridade, como idosos e pessoas com deficiência ou
doença grave. Na mesma lista, estão as restituições das Declarações feitas
entre 2008 e 2017 que estavam na malha fina e foram regularizadas. Só em junho,
são quase R$5 bilhões injetados na economia brasileira, já que o lote em
questão contempla cerca de dois milhões de pessoas.
O dinheiro vem em boa hora para muita gente, mas, se não for
usado de forma adequada, pode não resolver os problemas de quem tanto o
aguarda, como explica Reis Rocha, coordenador do curso de Contabilidade da
Faculdade Estácio São Luís. “O dinheiro extra pode ser usado para aliviar as
contas mais pesadas, como IPVA atrasado, matrícula semestral da escola ou
faculdade, revisão do carro, entre outros. Há várias despesas fixas que podem
já ser pagas com desconto à vista. O contribuinte precisa eleger as
prioridades”, recomenda Reis.
Prioridades
De acordo com o professor, essa seleção de contas
prioritárias deve levar em consideração fatores como a carga de juros ou se a
dívida é de algo essencial, sem o qual não dá para viver tranquilamente, como
energia e gás, por exemplo. “Contas em atraso, geralmente, são carregadas de
juros. Antes de tudo, entre em contato com os credores, como os bancos, e
negocie, dentro da sua realidade. Em muitos casos, basta a negociação e o
início do pagamento para que o nome seja limpo e o CPF saia dos cadastros de
serviços de proteção ao crédito”, indica.
O risco de pegar a restituição e dedicá-la exclusivamente ao
consumo é que o que parece ser indispensável naquele momento depois pode não
ser tão útil, e aí se desperdiça a chance de dormir em paz. “Para os mais
consumistas, a dica é reservar 10% do total restituído e comprar algo que
deseje, para saciar, pelo menos parcialmente, a vontade de comprar algo. Mas o
ideal é mesmo ter autocontrole, já que o orçamento familiar prejudicado leva
muita gente a desenvolver até sérios problemas de saúde”, ressalta Reis Rocha.
Investimentos
Para quem se organizou e não tem dívidas a longo prazo, a
dica do especialista é fazer o dinheiro render. “O contribuinte pode investir
em títulos públicos ou guardar na poupança, que rende um pouco menos, mas dá
mais segurança pra muita gente. Se tiver conhecimento de mercado financeiro, dá
até pra aplicar em ações na bolsa. Tudo depende de uma boa assessoria
financeira”, sugere.
Ficou curioso é quer consultar se o dinheiro da sua
restituição foi liberado? Basta acessar o site da Receita Federal ou ligar para
o número 146. Tenha cuidado redobrado com acessos online e não clique em links
enviados por e-mail, o que pode ser golpe cibernético.
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