O atrapalhado deputado
estadual Fernando Furtado (PCdoB) se envolveu numa grande polêmica depois que
foram divulgados trechos de um discurso seu durante a audiência pública de
proprietários e agricultores maranhenses para tratar de questões ligadas a
disputas de terras no interior do Estado. Furtado chama os índios de
homossexuais e diz que eles têm mais regalias que quem trabalha.
A reunião na qual
Furtado proferiu as ofensas tinha como objetivo discutir a ação do Ministério
Público Federal que expulsou os invasores da Terra Indígena Awá-Guajá. A área
está localizada entre as cidades de Centro Novo do Maranhão, Governador Newton
Bello, São João do Caru e Zé Doca, justamente a área de atuação da Aprocaru,
uma associação formada por produtores rurais desses municípios.
O discurso do
parlamentar maranhense é uma sequência de ofensas aos índios. Logo no
início, ele dá um vexame no conhecimento de história: “Não tenho descendência
indígena, não tenho parente índio”, para, em seguida, criticar a política
indigenista brasileira: “uma política que garante aos índios aquilo que eles
não têm direito. Não têm direito porque índio não é melhor do que qualquer
brasileiro desse pais. Índios têm regalia que os outros brasileiros que
trabalham não têm”.
Antes de falar sobre a
homossexualidade, ele cita a relação dos produtores rurais com os índios:
“ninguém está produzindo nada, tiraram os produtores de arroz e deixaram os
índios, e índio diz que não sabe plantar arroz, então morre de fome, desgraça,
é a melhor coisa que tem, porque não sabe nem trabalhar.”
Sobre a sexualidade dos
indígenas, Furtado julga pelas roupas com que os viu durante um evento em
Brasília (DF). “Lá em Brasília, o Arnaldo (Lacerda, presidente da Aprocaru)
viu os índios tudo de camisetinha , tudo arrumadinho, com flechinha, tudo
um bando de veadinho. Então é desse jeito que tá, índio já consegue ser veado,
boiola e não consegue trabalhar e produzir?”
Lamentável a postura desse Parlamentar, o que no
mínimo o governo do estado deveria fazer é devolver ele para o órgão no qual
ele administrava ( se ainda aceitarem ele) , pois na Assembleia Legislativa do
Maranhão não e o seu devido lugar.
Texto do Jornalista Diego Torres( Sal da Terra) com edição do Blog do Davi Max.
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