Há quem diga que política também se faz de gestos, olhares e enquadramentos. E o que se viu em Imperatriz, nesta segunda-feira (6), durante a entrega de 2.837 casas do Minha Casa, Minha Vida, foi justamente isso: um palanque com sorrisos largos, abraços sinceros e um clima de quem já sabe de que lado vai estar em 2026.
O presidente Lula parecia em casa. Carlos Brandão, ao seu lado, exibia a tranquilidade de quem conquistou o respeito do Planalto e a confiança do líder maior. E Orleans Brandão, discretamente, consolidava-se como o rosto da nova geração que desponta no grupo político do governador.
O ambiente, como diria o próprio Trump ao falar de Lula na ONU, estava “com clima bom”. E não apenas no sentido meteorológico. O que se viu foi um palanque unificado, com direito a reconciliações públicas e simbolismos de peso.
O mais emblemático deles veio do ministro André Fufuca, que com voz embargada e gesto de humildade política, reconheceu o “pecado” de 2022 e selou a paz com o presidente:
“Agora estou com Lula. O Maranhão vai marchar unido com o presidente”, disse Fufuca.
O perdão veio com aplausos e o gesto não passou despercebido. Lula sorriu, Brandão assentiu e Orleans, emocionado, selou com o olhar o retrato de um novo tempo.
Nos bastidores, a leitura é clara. Lula consolidou Brandão como seu principal aliado no Maranhão. E, de quebra, apontou para o futuro ao deixar Orleans ao seu lado no palco, gesto que, em política, fala mais que mil discursos.
A cena final, capturada pelas lentes dos fotógrafos, talvez antecipe o cenário de 2026: Lula ao centro, Brandão à esquerda e Orleans à direita - com o Maranhão ao meio, de braços abertos e o palanque pronto.
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