O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, foi alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira (30), em uma operação da Polícia Federal que investiga compra de votos nas eleições municipais de 2024, em Roraima. A ação também atinge a deputada federal Helena da Asatur (MDB) e o marido dela, o empresário Renildo Lima.
A PF esteve na casa de Xaud e na sede da CBF, no Rio. A Justiça bloqueou R$ 10 milhões das contas dos investigados. A operação foi batizada de “Caixa Preta” e apura uso de dinheiro em espécie para beneficiar aliados do MDB. As investigações começaram após a prisão de Renildo, em 2024, com R$ 500 mil — parte escondida na cueca.
Samir Xaud foi eleito presidente da CBF em maio deste ano, aos 41 anos. Médico de formação e filho do presidente da federação de Roraima, ele não tem histórico administrativo no futebol.
O caso lembra a situação no Maranhão, onde o presidente da Federação Maranhense de Futebol (FMF), Antônio Américo, é investigado pelo Ministério Público. A Promotoria pediu seu afastamento, e a Justiça aguarda a defesa para decidir. Américo é acusado de diversas crimes, entres eles criar o Instituto do Futebol Maranhense, para gerir a verba do futebol maranhense sem transparência, além de mudar regras do Estatuto em ano eleitoral.
Nos dois casos, o futebol é colocado sob suspeita de servir a interesses políticos, reforçando como a gestão esportiva, em muitos estados, segue entrelaçada ao poder.
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