Durante um evento em alusão ao Dia das Mulheres na Assembleia Legislativa do Maranhão, a fisioterapeuta Rosana Motta, autointitulada ativista em defesa das mulheres, fez duras críticas à posse do deputado estadual Dalton Arruda, acusado de agressão contra sua ex-esposa, Janayna Muniz no ano de 2016. No entanto, ao se aprofundar no contexto, percebe-se que sua fala estava longe de ser um discurso genuíno de defesa dos direitos das mulheres e muito mais próxima de um posicionamento motivado por interesses pessoais e familiares.
O que Rosana omitiu de seu discurso é que seu irmão, Marcelo Motta, é advogado da ex-esposa de Dalton Arruda, a senhora Janayna Muniz. Ou seja, seu posicionamento na Assembleia não se limitou a uma questão de militância, mas envolveu diretamente negócios familiares, levantando questionamentos sobre a real intenção de sua manifestação.
Além disso, a situação se torna ainda mais controversa quando se observa o histórico de sua própria família em relação à violência. Seu outro irmão, Roberto Motta, já foi levado a prestar esclarecimentos para Polícia Militar do Maranhão após realizar disparos de arma de fogo na residência de Janayna Muniz (ex-esposa do deputado estadual). No local, estavam presentes três crianças – os filhos do deputado Dalton Arruda, ou seja, colocando a vida de menores em risco. Ainda que os tiros tenham sido dados para o alto, essa atitude se enquadra, sem dúvidas, como um ato de violência, que poderia ter causado uma tragédia.
A hipocrisia de Rosana Motta, portanto, salta aos olhos. Criticar a posse de um parlamentar acusado de agressão enquanto silencia sobre a conduta do próprio irmão, que colocou vidas em risco, demonstra seletividade e oportunismo. A luta contra a violência deve ser coerente e baseada em princípios, não em interesses pessoais e familiares. A Assembleia Legislativa, um espaço de representação democrática, não pode ser palco para disputas particulares disfarçadas de ativismo.
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