A Rede Genômica Fiocruz identificou o surgimento de uma nova variante do coronavírus no estado do Amazonas. Chamada de BE.9, trata-se de uma versão da ômicron.
Segundo o pesquisador Tiago Gräf, da Rede Genômica, a variante “fez ressurgir a Covid-19 no Amazonas" e não se sabe se ela poderá fazer o mesmo no resto do Brasil.
Os estudos da fundação se iniciaram depois que o estado do Amazonas passou por um repique de casos desde metade de outubro. Dados da Fiocruz mostram que a média móvel semanal do estado passou de 230 casos para cerca de 1 mil.
Segundo a Fiocruz, a BE.9 é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, uma ômicron da linhagem BA.5. A subvariante compartilha algumas das mutações encontradas na última variante notável, a BQ.1.
Aumento de casos
Como mostrou o Estadão, o número de casos de covid-19 tem crescido no Brasil e ao redor do mundo. A alta ocorre após o aparecimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB, que podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais, conforme mostraram estudos preliminares. Por isso, dizem os médicos, é importante buscar a 3ª e a 4ª dose de reforço da vacina.
O mais recente boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz, apontou que quatro estados do País apresentaram alta de casos de covid-19 na semana passada. Segundo o levantamento, Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo sinalizaram aumentos de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com confirmação para covid-19. A previsão é que esse crescimento seja ainda maior nos próximos dias, inclusive em outros estados.
No fim de semana, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde publicou nota técnica recomendando o uso de máscaras pela população e a adoção de outras medidas, como ampliação da vigilância genômica, por estados e municípios.
Conforme o documento, entre os dias 6 e 11 deste mês, foram notificados 57,8 mil casos de covid pelas secretarias estaduais de saúde ao Ministério da Saúde. Com isso, a média móvel de diagnósticos positivos, calculada em relação aos últimos sete dias, subiu para 8,5 mil, o que representa aumento de 120% em relação ao índice da semana anterior (3,8 mil).
Quem se manifestou e fez um alerta em em suas redes sociais foi o ex-secretário de saúde do Maranhão, Carlos Lula.
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