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Oito candidatos a deputado federal ficam de fora, mesmo conseguindo mais votos do que sete eleitos




O formato de sistema proporcional deixou candidatos do Maranhão com grande quantidade de votos fora da Câmara dos Deputados. Hildo Rocha (MDB), Edilázio Júnior (PSD), Clayton Noleto (PSB), Bira do Pindaré (PSB), Dr. Gonçalo (Podemos), Zé Carlos (PT), João Marcelo (MDB) e Flavia Alves (PCdoB) foram bem votados, superando alguns candidatos eleitos, mas não estarão no Congresso Nacional a partir de 2023.


No caso do deputado Hildo Rocha teve 96.281 votos, por exemplo, ele foi o 12º candidato mais votado, mas ficou de fora dos eleitos. O deputado Edilázio Júnior que obteve 71.999; o ex-secretário Clayton Noleto, com 64.353; e Bira do Pindaré, que está em mandato como deputado federal, teve 60.922, mas ambos também ficaram de fora.


Pelo formato proporcional, o ex-deputado Dr. Gonçalo bateu na trave. Com 58.107 mil votos, ele é o primeiro suplente, com mais voto do que Márcio Honaiser que foi eleito com 54.547. Situação semelhante as dos deputados Zé Carlos (PT) – 57.909 e João Marcelo (MDB) – 56.074, bem como da candidata Flavia Alves (PCdoB) – 55.810, com mais votos que o pedetista eleito com uma votação inferior.


A eleição para deputados federais e distritais não é como nos cargos majoritários, onde o mais votado leva. Em uma disputa proporcional, o voto dado ao candidato também é doado ao partido — o que explica o quociente eleitoral.


O número de votos de cada partido dividido pelo Quociente Eleitoral indica quantas vagas cada partido tem direito. Esse número é chamado de Quociente Partidário. Vale lembrar que, a partir de 2022, as federações partidárias contam como partidos nessa disputa.


Isso faz com que candidatos fortes possam “puxar” mais nomes. É o caso da deputada Detinha (PL), a mais votada, com 161.206 votos; dos deputados Josimar, com 158.360 votos e Júnior Lourenço, com 93.123 votos, que acabaram contribuindo para elevar a votação do partido em 626.039, contribuindo para eleição do Pastor Gil (PL), com 69.530 votos, beneficiando a legenda com a quarta vaga.


O objetivo dessa “transferência de votos” é fazer com que os votos não sejam “desperdiçados”. Para evitar que candidatos com pouquíssimos votos sejam eleitos, mudança iniciada a partir de 2015 com a cláusula de barreira individual, que mantém a transferência de votos, mas obriga cada candidato a conseguir sozinho votos equivalentes a pelo menos 10% do quociente eleitoral.


Bem votados, mas não eleitos:


Hildo Rocha – 96.281 votos


Menos votados, mas eleitos:


Fábio Macedo (Podemos) – 95.270, Júnior Lourenço (PL) – 93.123, Rubens Pereira Jr (PT) – 91.872, Josivaldo (PSD) – 79.699, Cleber Verde (Republicanos) – 70.275, Pastor Gil (PL) – 69.530 e Márcio Honaiser (PDT) – 54.547.


Bem votados, mas não eleitos:


Edilázio Júnior – 71.999

Menos votados, mas eleitos:

Cleber Verde (Republicanos) – 70.275, Pastor Gil (PL) – 69.530 e Márcio Honaiser (PDT) – 54.547.

Bem votados, mas não eleitos:

Clayton Noleto (PSB) – 64.353
Bira do Pindaré (PSB) – 60.922
Dr. Gonçalo (Podemos) – 58.107
Zé Carlos (PT) – 57.909
João Marcelo (MDB) – 56.074
Flavia Alves (PCdoB) – 55.810

Menos votados, mas eleitos:


Márcio Honaiser (PDT) – 54.547

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