A produção da Cachaça e da Tiquira no Maranhão vai ganhar um novo padrão de qualidade. Os itens fazem parte da cultura e da economia maranhense, gerando muitos empregos, assim como renda, e agora possuem uma Lei, a qual foi proposta pelo deputado estadual Ariston, que vai garantir o padrão de identidade e as características do processo de elaboração.
De acordo com as Leis 11.609/2021 e 11.610/2021, tanto a tradicional Tiquira como a famosa Cachaça, agora vão ter que seguir uma regulamentação para sua produção, quanto para a exportação para exibir o selo Tiquira do Maranhão e Cachaça do Maranhão.
Nas Leis elaboradas pelo deputado estadual Ariston, as quais já estão promulgadas desde o dia 1º de dezembro de 2020, pelo presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto, elas estabelecem que Tiquira e Cachaça vão ter que seguir a graduação alcoólica entre 40% e 48%.
A Tiquira é fabricada a partir da mandioca, a qual agora terá dois tipos diferentes. A tradicional produzida a partir do processo de emboloramento do beiju obtido a partir da massa da mandioca e a moderna, produzida a partir da sacarificação através de enzimas exógenas, fermentando com a utilização de cepas de micro-organismos do gênero Saccharomyces de procedência certificada.
Só quem produzir seguindo esses padrões é que vai poder envasar a bebida alcoólica com o título de Tiquira do Maranhão.
Padrão este semelhante deverá ser seguido pelos fabricantes de Cachaça, que utiliza o caldo de cana para destilar e produzir a aguardente que terá cinco tipos diferentes: Nova – engarrafada logo após a sua extração; Descansada – a qual permanecerá em descanso de seis meses em um tonel de madeira; Envelhecida – a qual permanecerá adormecida em um período de 12 meses em um tonel ou barril de madeira; Matizada – que terá 50% de cachaça Envelhecida e outros 50% de cachaça Nova ou Descansada e a Reserva Especial que terá a cachaça em um processo de envelhecimento de 36 meses (3 anos), em um tonel ou barril de madeira.
Seguindo estes padrões, os fabricantes maranhenses vão poder ostentar o selo Cachaça do Maranhão.
O dia 1º de Dezembro também passa a ser conhecido como o dia da Cachaça e da Tiquira do Maranhão.
As leis atendem à pedidos dos produtores de Cachaça e Tiquira do Maranhão. Eles estiveram reunidos com o deputado Ariston em novembro desse ano, onde apresentaram o projeto do Festival Maranhense da Cachaça: Cultura e Sabores que será realizado em julho de 2022 na região do sertão maranhense.
O deputado Ariston comemorou a promulgação das leis e afirmou: “Vemos essa ação como uma grande iniciativa de estimular a formalidade desses produtores de cachaça. Com isso, todo mundo ganha. Com a regularização vem a qualidade e os padrões de higiene, e o produto pode ter um valor agregado. Isso rende mais emprego. A cachaça ainda é produzida por famílias de forma muito artesanal e precisa ter essa nova visão”.
Atualmente, os municípios que mais produzem cachaça estão no sertão maranhense, dentre eles, Colinas, Pastos Bons, São Domingos do Azeitão, São João dos Patos, Sucupira do Norte e Sucupira do Riachão. A produção total das bebidas no estado chega a seis milhões de litros. Já a Tiquira (destilada da mandioca) tem uma fábrica na região de Santo Amaro.
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