Ponto franco do prefeito, 'rabo-de-saia' leva ele a se
perder.
Foi assim na igreja. Tem sido assim na prefeitura.
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De acordo com informações obtidas pelo blog, Sidrack foi pastor por quatro anos da igreja, mas foi expulso do ministério por acusação de adultério. Em função disso, ingressou com ação em que pretendeu ser reconhecido como empregado da entidade religiosa.
Na ação que tramitou na Justiça do Trabalho no Maranhão, o
então pastor sustenta que ficou provado nos autos que sua jornada de trabalho
era controlada pela Igreja e que havia uma agenda de atividades
pré-estabelecidas a ser observada, inclusive, com prestação de contas,
relativamente a cultos, ceias, batismos e cerimonias.
A Igreja, por sua vez, apresentou defesa contestando os fatos
alegados pelo autor e destacou que é "público e notório o caráter
meramente voluntario e vocacional" das atividades exercidas por um pastor
(enquadrando-se tal hipótese na Lei no. 9.608/98).
No entanto, Sidrack alegou que, além das atividades pastorais
diárias, praticava atos referentes a própria administração, seguindo
determinações da igreja e afirmou que a documentação juntada revela o pagamento
de salário mensal fixo.
Além disso, destacou que não havia eventualidade na prestação
de serviços, estando evidenciadas a dependência econômica e a subordinação
hierárquica. Na época, o prefeito acrescentou que o caso concreto não se
enquadrava na hipótese de "trabalho voluntario" a que se refere a Lei
nº. 9.608/78, pois esta pressupõe a "ausência de remuneração".
Na sentença de primeira instância, a justiça entendeu que, de
acordo com a documentação juntada, o objetivo da reclamada é "proclamar o
Evangelho a todos os povos", sendo que não foi provado que a Igreja
tivesse finalidade empresarial (suposta obtenção de lucro com dízimos,
inclusive, com metas de arrecadação).
Após a derrota, passou a trabalhar na justiça eleitoral até
conseguir se formar em Direito, no UNICEUMA. Em 2012 decidiu ser candidato a
prefeito de Morros pelo Partido Verde (PV), mas só logrou êxito em 2016.
QUEM É ELE?
Sidrack Santos Feitosa nasceu num povoado de Morros. Estudou
à luz de lamparina. Ia para a escola a pé, na areia quente e teve uma infância
difícil. Este é apenas o começo da história de sua vida. Filho de militar
ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, o ‘pastor-fornicador’ que virou
advogado viu a energia elétrica chegar no seu povoado aos 18 anos de idade.
O pai de Sidrack era integrante da FEB (Força Expedicionária
Brasileira) e criou os filhos num regime familiar muito rígido. Seu genitor foi
fundador do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Morros, Axixá, Icatu,
Presidente Juscelino e Rosário.
Sidrack fez todo o ensino fundamental e médio em Morros e,
logo que concluiu o ensino básico, viajou para a Bahia, onde faz faculdade de
Teologia, na Faculdade Latino-Americana (Instituto Adventista de Ensino do
Nordeste - IAENE). Depois de se formar, foi ordenado pastor, trabalhando quatro
anos na função.
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