O Ministério do Turismo projeta um fluxo de apenas 50 mil
turistas durante os festejos juninos deste ano, em São Luís. O principal fator
de atração dos visitantes, segundo o órgão, é o bumba meu boi, patrimônio
imaterial brasileiro, que atualmente conta com mais de 500 grupos folclóricos
representativos.
Apesar da menção feita pelo Ministério do Turismo em
seu Calendário
Nacional de Eventos, que tem 103 festas cadastradas, o São João de
São Luís nem de longe se equipara, em termos de presença de público e de
movimentação financeira, aos festejos realizados em outras cidades do Nordeste.
Os números da capital maranhense, no que se refere à temporada junina, são
extremamente tímidos, se comparados a outras cidades nordestinas, localizadas
no interior dos seus respectivos estados.
DISPARIDADE
Para se ter ideia da disparidade, somente em Campina Grande
(PB), que promove uma das maiores festas do país, é esperado um público de 3
milhões de visitantes, com injeção de quase R$ 300 milhões na economia local e
geração de 3 mil empregos diretos e indiretos na região. Em público, a
pernambucana Caruaru espera cerca de 2,5 milhões de pessoas, com uma estimativa
de faturamento regional na casa dos R$ 240 milhões.
Ainda no Nordeste, a Cidade Junina de Mossoró (RN) pretende
receber 1 milhão de pessoas, uma média de 100 mil visitantes por noite, em uma
das festas mais tradicionais do gênero no país. O resultado será uma
movimentação econômica de mais de R$ 50 milhões com geração de empregos para
costureiras, bordadeiras, brincantes (o pessoal que se apresenta nos grupos) e
no comércio local.
Os números expressivos estimados para Campina Grande, Caruaru
e Mossoró são de fazer inveja a qualquer boieiro e desqualificam a propaganda
oficial.
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