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Só de pensar no MP ao seu lado, Domingos Dutra anda "embriagado"



Ex-deputado federal, o prefeito do município de Paço do Lumiar, Domingos Dutra (PCdoB), representa o que há de mais atual no célebre provérbio chinês de que ser pedra é fácil, o difícil é ser vidraça.
Acostumado a ser ferrenho em suas críticas a quem ocupava o Executivo, Dutra termina o ano de 2017, primeiro de sua gestão, alvo de pelo menos quatro ações do Ministério Público do Maranhão, por ocultação de gastos públicos e desastre administrativo, correndo o risco até mesmo de perder o mandato.
Nos últimos 12 meses, a aventura de Dutra na prefeitura acrescentou ao seu histórico esquerdista pelo menos uma Ação Civil Pública obrigando-o a abrir concurso público para o preenchimento de cargos efetivos na Procuradoria do Município; uma outra, para que ele saia da marginalidade e mantenha em pleno funcionamento o Portal da Transparência da prefeitura; outra para que seja forçado a cumprir um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e realize concurso para professores da rede municipal de Paço do Lumiar; e, a mais recente e importante de todas, que passe a garantir condições adequadas para os estudantes com necessidades educacionais especiais matriculados na rede municipal de ensino.
Apenas em relação a uma delas, de que não tem uma gestão transparente, o prefeito de Paço esboçou reação. Mas nada de pedido de desculpas, choro público ou greve de fome — coisas que sempre fez nos últimos anos —, por não conseguir cumprir o que sempre cobrou dos outros.
Domingos Dutra foi a redes sociais e emitiu nota, na verdade, para acusar o Ministério Público de contribuir “para que oportunistas e adversários políticos” o condenem sem direito a defesa, e para arvorar, de pés juntos, que possui “uma história de honestidade”.
Esse tipo de discurso, porém, servia à época em que cabia a Dutra apenas fiscalizar e atirar. (ATUAL7)

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