O senador Roberto Rocha (PSB-MA), afirmou nesta terça-feira (22), em entrevista ao programa NaHora, da Rádio 92.3 FM, que a escolha do deputado estadual Bira do Pindaré para comandar o PSB na capital maranhense é uma tentativa desesperada do governador Flávio Dino (PCdoB) de tirar o partido das mãos de alguém que pode disputar com ele as eleições do ano que vem. O comentário foi feito após o senador responder a questionamento sobre os motivos que levaram a comissão provisória presidida pelo filho dele, Roberto Júnior, ter sido destituída.
“Quando a Comissão é provisória, ela muda. O presidente estadual que é o prefeito de Timon, Luciano Leitoa, entendeu de fazer uma intervenção, mas isso não me trás nenhuma preocupação. As eleições do próximo ano serão eleições estadual e nacional. E quem conduzirá o processo da tomada de decisões do PSB, não é nem sequer a direção estadual, quanto mais uma direção municipal. Quem vai definir o processo da tomada de decisão do PSB e de qualquer outro partido, é a direção nacional (…). Quem assistiu ontem a entrevista daquele que poderá ser o próximo presidente nacional do partido, sabe que isso aí que eles estão fazendo está totalmente fora de sintonia da realidade. Então eu não estou preocupado com isso. Eu acho que o tempo é o senhor da razão. Isso só revela, lamentavelmente, a tentativa desesperada do governador do estado de tentar tomar o partido de alguém que pode disputar com ele as eleições”, disse Rocha, referindo-se ao fato de que pode retomar as rédeas do partido no Maranhão com a escolha do vice-governador de São Paulo, Márcio França.
Roberto Rocha, que é relator da CPI do BNDES, foi convidado de hoje do programa jornalístico da Rádio 92.3 FM, para falar sobre o plano de trabalho da comissão. Ele esclareceu que as investigações não estão focadas exclusivamente nas empresas do grupo J&F, de Joesley Batista, porque analisará os financiamentos concedidos nos últimos 20 anos para empresas atuarem no exterior.
Ao responder questionamentos sobre sua possível saída do PSB para disputar a eleição de governador em 2018, Rocha declarou que essa possibilidade só iria acontecer caso não tivesse um conforto necessário dentro da legenda para disputar o pleito. Ele disse ainda que não depende de janela partidária para mudar de partido e concluiu dizendo que o governador tenta fazer do PSB mais um ‘aluguel camarada’.
“Esse ataque especulativo sobre minha saída do partido vem sendo feito pelos comunistas. Eu tenho recebido vários convites de partidos. É verdade. É fato. E o PSDB é um deles. Eu convivi no PSDB por 16 anos e fui presidente do partido inúmeras vezes. Tenho com as principais lideranças, a melhor relação. Não há uma única semana, desde que tomei posse no Senado, que eu não encontre um deles para me convidar pra voltar para o PSDB. Agora isso não significa que eu desejo sair”, afirmou, acrescentando que vai continuar no PSB exercendo seu mandato.
“Agora é evidente que seu eu não tiver um conforto necessário dentro da legenda eu vou buscar uma opção partidária (…). Diferente de deputado, eu não dependo de janeira. Senador muda de partido a hora que quer. Eu só não mudei ainda porque eu não quis mudar. Então, se eu não quis mudar é porque eu me sinto a vontade no PSB, apesar dos ataques do governador contra minha pré-candidatura. Eu não sei se ele quer fazer do PSB mais um aluguel camarada”, completou.
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