Quando eu penso que já vi tudo nessa vida, aí vêm coisas que me surpreendem. Depois da escandalosa farra de passagens, onde vários políticos estariam envolvidos, agora a moda é a farra de passagens no Mercado Central. Várias pessoas de posse de um cartão de vale transporte ficam dando “carteirada” a todo vapor. Eles abordam o cidadão que vai pagar a sua passagem em dinheiro. Por um preço bem abaixo da passagem, eles dão a carteirada segura.
A briga lá é grande. Não entendemos como as pessoas conseguem essas carteiras, que, por sinal, têm um crédito bem acima do normal. A suposição é de que essas carteiras devem ser de servidores públicos.
Para a advogada especialista em direito trabalhista, o funcionário deve usar o vale-refeição e o vale-transporte exclusivamente para se alimentar e fazer o trajeto entre a residência e a empresa.
A maioria dos trabalhadores desconhece que a prática de abrir mão de uma porcentagem do valor nos cartões na troca por dinheiro é crime e pode até resultar em uma demissão por justa causa.
“A partir do momento que ele vende e vira na mão dele um dinheiro, pode gerar uma justa causa, porque ele passou a cometer o ato da improbidade, que é caracterizada como a quebra de confiança entre empregado e o empregador”, disse
Outro advogado trabalhista concorda e enfatiza que a venda de vale-transporte é ainda mais grave. Ele garante que a venda se configura como um crime e traz prejuízos para a empresa, ao governo e até à sociedade.
“Para conseguir o vale-transporte, o funcionário tem que declarar quantas conduções ele usa. Se ele firma essa declaração, assinou um documento falso e se apropriou de um dinheiro que seria da empresa e do governo”, Finaliza.
Sendo assim, cabe o poder público averiguar esse caso e tomar as providências necessárias!
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