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O ex-ministro José Eduardo Cardozo, advogado da presidente afastada, Dilma Rousseff, conversa com o presidente da comissão especial do impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB) |
A auditoria foi solicitada pela defesa da petista, que pedia que o procedimento fosse feito por órgão internacional, o que foi negado pelo relator da comissão, Antonio Anastasia (PSDB-MG). O tucano propôs, por sua vez, que a perícia fosse feita no Brasil, por um ou mais peritos designados pelo presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB), para, em um prazo delimitado, responder aos quesitos que serão apresentados pela defesa, pela acusação e os respectivos assistentes técnicos. A realização da perícia foi posta em votação e barrada pela maioria dos senadores.
Lira afirmou que, caso fosse aprovada, a perícia seria realizada, sem custos extras, por "servidores preparados" do Senado, em até dez dias. "Evitaremos uma alegação futura de que nós estaríamos cerceando o direito de defesa", argumentou o peemedebista.
A discussão dos senadores sobre a questão durou quase duas horas e provocou manifestações exaltadas.
O advogado da presidente, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, afirmou que a perícia poderia provar a inocência de Dilma.
"O medo da perícia é: a perícia colocará por terra os argumentos da acusação. É a maneira que se tem de provar a inocência da presidenta e a acusação não quer justiça, ela quer o impeachment a qualquer preço", afirmou Cardozo.
Senadores do PT afirmaram que vão recorrer ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, para pedir a realização da perícia. Nesta fase do processo, cabe a Lewandowski decidir sobre os recursos da comissão.
A comissão também seguiu o entendimento do relator Anastasia e barrou algumas testemunhas solicitadas pela defesa. Os advogados de Dilma deverão indicar substitutos à comissão.
Noticias.uol.com.br
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