Apesar da
diversidade problemática de cada unidade escolar, a sensação é de
repetição dos problemas já vistos. É essa a percepção que se tem ao
entrar nas escolas da rede municipal – todas as unidades apresentam a mesma
esfera de precarização e abandono do espaço escolar.
“As escolas
são diferentes, mas os problemas são os mesmos; a desassistência do poder
municipal é um capítulo contínuo, que é preciso finalizar”, pontuou a
professora Isabel.
Na U.E.B
Alberto Pinheiro, a comissão formada pelo Sindicato dos professores da rede
municipal, representada pelas professoras, Orfisa Surama e Isabel Cristina, se
depararam com a degradável situação de professores e alunos – agonizando no
calor, pois, nenhuma das salas possuem ventiladores. E para enfrentar a
temperatura quente, o correto é tomar muita água – só que, infelizmente, a
escola também não tem!
Já na U.E.B
Bernardina Espíndola, o contexto repetitivo volta à cena – e mais uma vez a
unidade escolar foi saqueada e, desta vez, todos os ventiladores foram levados,
além dos materiais escolares da crianças para o ano letivo. Segundo informações
da Professora Ana Josélia, a ação criminosa ocorreu no último domingo, 6 de
março. A escola é alvo contínuo de ação criminosa, que permanece sem geladeira
e outros materiais de utilidade na produção da merenda escolar.
Na escola
Dayse Linhares o enredo do caos no ensino se perpetua – sem ventiladores, sem
água, sem vigilância, sem recursos pedagógicos e também, com o teto
comprometido. A professora Lícia Fernanda relatou a constância de crises de
sinusite e rinite que tem de lidar durante o dia a dia, devido ao ambiente
abafado. “Além da total desvalorização que o sistema municipal trata os
professores, a categoria ainda tem que enfrentar problemas de saúde ocasionados
pela falta de estrutura nas escolas, expôs a professora Orfisa”.
Na Creche
escola Maria de Jesus de Carvalho, apesar dos ventiladores, o local ainda é
quente e abafado. O local também tem sérios problemas com a incidência de
chuvas por causa das goteiras.
A “super
dupla” – prefeito Edvaldo Holanda Júnior e o ex-secretário de Educação, Geraldo
Castro ao longo dessa gestão fragmentaram a rede de ensino de São Luís sob um
patamar de deterioração – quase que irreversível. Agora, o desafio está com o
atual secretário de Educação, professor Moacyr Feitosa – de organizar a
bagunçada que a dupla de fanfarrões fizeram na educação pública.
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