A Prefeitura
de São Luís e a Secretaria Municipal de Educação (SEMED), continuam
negligenciando os assuntos relacionados a área educacional. Já é comum a
ausência de representantes da SEMED em reuniões que pautam as reivindicações do
corpo escolar.
A
reunião que seria na sexta-feira (22), na UEB Professor João de Souza
Guimarães, localizada no bairro da Divinéia, foi remarcada pela Secretaria de
Educação para segunda feira (25); assim como aconteceu na sexta, a SEMED novamente
não compareceu na segunda (25), como havia combinado com professores e pais de
alunos para tentar solucionar as problemáticas existentes no ambiente escolar.
O nome para tal atitude é
descompromisso. A secretaria de Educação e a Prefeitura de São Luís, órgãos
responsáveis pelo funcionamento da educação pública, carregam um histórico de
inatividade. Um cenário de desordem que vem se disseminando a cada dia; mesmo
com problemas fáceis de resolução, o governo municipal perdeu o controle da
situação.
Reunião
A reunião
marcada para solucionar os problemas existentes na instituição de ensino, mais
uma vez foi “esquecida” pela Secretaria de Educação. A prof. Elisabeth Castelo
Branco, presidente do Sindeducação, disse que o posicionamento do governo
municipal é uma vergonha e que a ausência da SEMED nas reuniões vem sendo uma
rotineira, quando se trata de assuntos educacionais.
“Em três anos, a gestão municipal vem
engatinhando em termos de educação e isso, na verdade, vem sendo noticiado
todos os dias pela mídia e pela Direção do Sindeducação; problemas de
infraestrutura são antigos e nunca foram resolvidos; tem escola que nunca
passou por uma reforma em dez anos, ou seja, existe um Poder Público inerte que
não consegue solucionar nem os problemas básicos de manutenção escolar”, disparou
a presidente.
Segundo a sindicalista, uma escola
digna deve ter pelo menos salas confortáveis e material escolar para se
trabalhar. “O aluno só tem o pincel, o quadro e o enorme esforço do professor;
a criança necessita de salas de informática, para contemplar os avanços
tecnológicos; precisa de uma biblioteca para a leitura; laboratório de
ciências, enfim, o estudante necessita do novo, do lúdico para conseguir se
desenvolver em sala de aula; atividades diferenciadas, mas isso tudo, tem sido
um sonho, se depender do atual governo”, concluiu a presidente.
No decorrer da reunião, nas
dependências físicas da Escola, professores e pais de alunos, protestavam o
tempo inteiro e pediam a presença do secretário Geraldo Castro. Para o prof.
Rodrigo Goulart, o problema perpassa um âmbito muito além da desorganização de
um governo, segundo ele, isso tem recaído em sofrimento para as crianças que
dependem do serviço público.
“É inadmissível está de acordo com uma gestão
desconexa com a educação pública. O corpo escola pede socorro diante dessa
situação; ficamos à mercê do caos que penetrou na educação municipal; não
queremos medidas paliativas, pois não atendem a necessidade dessas crianças,
precisamos de uma escola com infraestrutura adequada”, protestou o educador.
A mãe de aluna, Maria
Francisca, diz está completamente triste pela situação que chegou a escola.
“Não tenho condições para colocar minha filha em uma escola particular. Já
imploramos por mudança e até agora nada mudou. Minha filha precisa desenvolver,
mas nesta escola fica impossível, pelas condições que ela se encontra”,
criticou.
Durante a pauta, a presidente da
entidade sindical também mencionou sobre os recursos do governo federal,
inclusive do Fundeb, FNDE, PNATE, depositado mensalmente nos cofres públicos,
porém, a aplicabilidade do dinheiro não está sendo incluído nas referidas
necessidades das escolas. “Uma verdadeira caixa de segredos”, disse a profa.
Elisabeth.
“Existem três recursos garantidos
pelo governo federal todo mês; a merenda escolar; reforma de escolas e
transporte; mesmo com os recursos do governo, o órgão local não tem cumprido
com suas responsabilidades. Recurso vem de forma mensal, mas vontade de fazer,
o poder público não tem”, criticou a professora.
Descompromisso
O poder municipal que nunca moveu uma
palha para mudar a realidade da educação da nossa capital; não só a violência
nos espaços escolares; a infraestrutura do ambiente; a carência de educadores e
cuidadores; a constante falta de água, mas a mudança de paradigma no intuito de
diferenciar a mesmice de sempre; a postura da atual gestão é vergonhosa; todos
os dias e todas as horas são veiculados notícias com os problemas no ambiente
educacional e, nem com isso, o prefeito Edivaldo Holanda Junior se comove,
quanto mais o secretário de Educação Geraldo Castro Sobrinho.
0 Comentários