Ao longo dos últimos anos a capital maranhense vivencia um
caos na área da educação pública; escolas sendo destruídas e assaltadas;
problemas básicos de infraestrutura; falta de água constante; precariedade na
distribuição de material pedagógico; ausência de profissionais da área, enfim,
um ramo de problemas que o atual governo municipal insiste em não querer
resolver.
As escolas Amaral Raposo; Artur Azevedo; Joaquim Pinto; e o
Anexo Honório Odorico Ferreira, situado no Tajipurú (Zona Rural), visitadas ao
longo da semana pela Direção do Sindeducação, são o total retrato da
precariedade, descaso e negligência do poder municipal; manutenções na rede
elétrica, hidráulica e sanitária – apesar de básicas – ainda são sonhos
distantes do corpo educacional das referidas escolas.
A professora Cassia Miranda,
professora da base, constatou que há inúmeros problemas, principalmente nas
redes elétrica e hidráulica das escolas, e que isso tem prejudicado o
desenvolvimento dos alunos em sala de aula.
“Percebi problemas gravíssimos
nos espaços escolares, entretanto, fáceis de resolver. O que falta, na verdade,
é compromisso da atual gestão que negligencia estas dificuldades diariamente.
Problemas que vão desde a troca de lâmpadas queimadas ao chão deteriorado; um
verdadeiro caos; os professores do Anexo Honório Odorico Ferreira, clamam por
socorro dia e noite. Nosso gestor, o prefeito, infelizmente esqueceu os nossos
professores e as nossas crianças, que são o futuro dessa nação”, concluiu a
sindicalista.
Durante a visita, o
Sindeducação encontrou uma diversidade de problemas, um mais cruel que o outro.
Em mais de três anos a SEMED não resolveu a questão do fardamento escolar; pais
de alunos continuam tirando do próprio bolso para comprar o uniforme, uma
verdadeira falta de respeito com os discentes da unidade.
A prof. Josiane Garcez do
Anexo Honório Odorico Ferreira é lotada na escola desde 2002 e nunca viu uma
reforma digna no local onde trabalha. No momento da conversa com a equipe de
reportagem do Sindeducação, disse está extremamente chateada com a situação em
que se encontra a escola e protesta em caráter de urgência por uma reforma que
atenda às necessidades do corpo educacional.
“Trabalho desde 2002 nesta
escola e nunca vi uma reforma que atendesse a carência desses alunos. Fico
revoltada com a situação dessas crianças, muitas vêm de longe para estudar e
quando chegam se deparam sempre com as mesmas dificuldades. Além da
infraestrutura precarizada, a carência de ônibus também é um problema; havia
dois ônibus, um pegou fogo; têm crianças que vêm de longe a pé, porque apenas
um ônibus não é o suficiente, ou seja, essas crianças estão sofrendo todos os
dias. Queremos apenas uma atitude do poder público para mudar essa
realidade”, desabafou a educadora em nome do corpo escolar.
PERGUNTAS
SEM RESPOSTA
O prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Junior e o secretário
Municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, negligenciaram a educação
pública municipal em três anos de mandato; o que se passa na cabeça desses
gestores vendo tantas crianças sofrendo com a ausência de recursos básicos para
o desenvolvimento em sala de aula? Por que tanto descompromisso? Por que tanta
má vontade? O que esses alunos fizeram para pagar toda essa ruína que se
instalou na educação pública? Má vontade ou má gestão? Onde os recursos do
FUNDEB, FNDE, PNATE e demais recursos federais estão sendo aplicados?
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