sexta-feira, 11 de março de 2022

Mais um problema na greve no transporte público da Grande Ilha

 


Nesta sexta-feira (11), está prevista mais uma audiência de conciliação entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte, com a participação do Governo do Maranhão e Prefeitura de São Luís, para tentar por um fim na greve dos rodoviários na Grande Ilha.

A greve já dura 22 dias e atualmente a frota, por determinação da Justiça, estaria circulando com apenas 60% dos ônibus. Os rodoviários buscam melhorias no salário.

No entanto, se já estava difícil encontrar um consenso, já que os empresários alegam não ter condições de reajustar os salários da categoria, o novo aumento no valor do combustível, previsto para esta sexta-feira, dificultará ainda mais um acordo.

Para complicar ainda mais o imbróglio, nesse novo reajuste anunciado pela Petrobras, o maior aumento será justamente no diesel, de 25%. Ou seja, se antes já estava difícil um acordo entre rodoviários e empresários, imagina com o novo valor do combustível.

O aumento no preço do diesel pode elevar em até 6,6% os custos de operação do sistema de transporte público coletivo no Brasil. A estimativa é da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), uma vez que o diesel responde por 26,6% do custo do sistema, em média.

Diante do cenário, com aumento acumulado de 65,5% no preço do litro do diesel, em 2021, a FNP intensifica o pleito para aprovação urgente do PL 4.392/2021, que propõe que a União seja responsável pelo custeio da gratuidade oferecida aos idosos com mais de 65 anos, por Lei Federal. O projeto destinará R$ 5 bilhões/ano para financiamento dos sistemas de transporte coletivo, valor que corresponde a pouco mais de 8% dos custos do transporte.

Enquanto o PL 4.392/2021 não é apreciado, a esperança atual pode ser a aprovação de dois projetos no Senado. O principal deles muda a fórmula de cálculo do ICMS, que é imposto estadual responsável por 25% do preço dos combustíveis, e zera a cobrança de PIS-Confins dos combustíveis até o fim do ano.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, promete sancionar o projeto o mais rápido possível.

É aguardar e conferir, já que o projeto pode, enfim, diminuir o alto valor que tem sido cobrado nos combustíveis e, fatalmente, também ajudar a solucionar a greve dos rodoviários.

 

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