domingo, 8 de setembro de 2019

Artigo do Secretário – O museu e a cidade: história e cultura entrelaçadas




Domingo, dia 08 de setembro de 2019, São Luís do Maranhão fará 407 anos desde sua fundação majoritariamente aceita pelos franceses que aqui chegaram, objetivando expandir suas relações comerciais com um entreposto. Aqui, ergueram um forte e realizaram a primeira missa, no local onde hoje temos o centro histórico na Praia Grande.
Nossa Capital – a capital de todos e todas que nasceram ou adotaram o Maranhão – após a chegada dos franceses também foi povoada por outras nações, outros povos que vieram a ocupar o território onde já habitavam nossos índios nativos.

Portugueses, holandeses, africanos, todos tiveram sua parcela importante na formação de nossas tradições e hoje são relembrados e homenageados em equipamentos públicos, ruas e avenidas em São Luís e por todo o Maranhão.

Uma destas ruas, localizada na Praia Grande, é a Rua Portugal, que abriga casarões imponentes, com um acervo rico de azulejos portugueses. Um destes casarões em especial reabre as portas amanhã, 6 de setembro, fazendo parte do pacote de inaugurações e aberturas de equipamentos ao público realizado pelo Governo do Estado em alusão ao aniversário da cidade. Falamos do Museu de Artes Visuais.

Reabriremos as portas deste importante Museu completamente recuperado, com nova iluminação, climatização, auditório e condições de acessibilidade. Com a pretensão de dinamizar ainda mais o cenário cultural e turístico da cidade, colocaremos à disposição de todos mais um espaço de arte, cultura, lazer, convivência e construção de conhecimentos.

Para darmos as boas-vindas ao público, apresentaremos duas exposições: a ECO ART, de curta duração, composta por 25 serigrafias de artistas nacionais e internacionais e outra de longa duração, composta por parte do acervo do Museu: pinturas, gravuras, desenhos, esculturas e fotografias, em sua maioria, inéditas.

Com temáticas que variam entre meio ambiente, desenvolvimento, representação da mulher na arte a indígenas, negros, o fantástico e crítica social, o Museu se reapresenta com um novo olhar, dando ênfase não apenas à democratização da arte, mas a sua função social enquanto instituição.

Trazendo artistas locais, nacionais e internacionais como Dila, Ambrósio Amorim, Picasso, Cildo Meireles, Tomie Ohtake, Flávio Miró, Jesus Santos, Walter Sá, Tarsila do Amaral, Flory Gama, Newton Sá, entre outros, as exposições pretendem apresentar obras até então desconhecidas, provocar reflexões e estimular os artistas e pesquisadores da área.

Por meio da mediação cultural, a educação em exposições propõe uma relação dialogal entre as obras e o público. A visita a um museu abre a possibilidade de ressignificação do olhar para as coisas que nos cercam, da mesma forma que nos desloca para outras culturas, outros tempos. Os museus são espaços de encontro, encontro com o outro, com o objeto, consigo mesmo, com as outras e com a minha própria cultura.

É com grande satisfação que reabriremos as portas deste local histórico, conhecido pela fachada de azulejos azuis, localizado na Rua Portugal. O casarão do século XIX conta com 4 pavimentos, dentre estes, um mirante, de onde se tem uma visão privilegiada do Centro histórico e do rio Bacanga.

Mais uma casa de Cultura estará à disposição do povo maranhense que poderá acessar de forma gratuita seus espaços para conhecer a produção de artes visuais de todo o mundo passeando pelo acervo fixo e também pelas exposições que lá serão feitas por artistas maranhenses e de todo o país. É ainda um grande laboratório para os acadêmicos das Universidades de nosso estado para estudos das peças que o museu abriga.

Convidamos especialmente a você: traga sua família, seus amigos, para juntos termos essa experiência única, de contato com as riquezas de nossa arte e cultura.

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