segunda-feira, 6 de maio de 2019

Assédio sexual traz à tona denúncias de corrupção e superfaturamento envolvendo Grupo Mercúrio


Documentos comprovam que funcionários das empresas são pagos pela folha do Estado. Além disso, grupo empresarial também estaria faturando nos atendimentos fictícios de pacientes


SÃO LUÍS-MA: Os casos de assedio sexual envolvendo o empresário Paulo Braid Ribeiro Júnior, trouxeram à tona outras denúncias graves, até então, desconhecidas, envolvendo o Grupo Mercúrio, tais como: funcionários fantasmas, corrupção e superfaturamento. Tudo começou quando três ex-funcionárias procuraram a Delegacia Especial da Mulher para relatar as humilhações e constrangimentos de cunho sexual praticadas pelo ex-chefe.

Ocorre que além do assédio sexual, o blog tomou conhecimento de um dossiê com denúncias gravíssimas capaz de levar a ruína o império da família Braid, abalar politicamente a gestão do governador Flávio Dino e comprometer um membro do Tribunal de Contas do Estado.
No dossiê consta a relação dos funcionários que trabalham nas empresas particulares dos Braid, contudo estariam sendo pagos como se prestassem serviço ao Governo do Estado, ou seja, recebem remuneração com verba pública. Parte deste esquema fraudulento teria como palco o Centro Ambulatorial de Diagnóstico Holandeses – CADH.

Apenas 70 funcionários fazem parte do quadro de funcionários do centro ambulatorial, entretanto, na folha de pagamento consta um total de 117, por conta dos trabalhadores das clínicas particulares e pessoais da família. Entre os funcionários fantasmas, estaria o motorista particular Raphael Araújo de Sousa, que trabalha, exclusivamente, para servir um dos netos do empresário Paulo Braid Ribeiro, pai de “Paulinho”, como é mais conhecido, porém consta na relação de funcionários que trabalham no CADH, conforme documentos em anexo obtidos pelo blog.





Na relação, também estão incluídos os 18 funcionários do Centro Médico Calhau e os 10 da Clínica Santo André, clínicas particulares da família, os quais são remunerados pelo CADH.

Atualmente, segundo as informações, o empresário Paulo Braid monopoliza quase 90% da saúde, possuindo 93 contratos com o Governo do Estado e Prefeitura de São Luís. Considerado um dos maiores financiadores de campanha, o executivo possui 12 empresas, sendo 11 no Maranhão e 1 em Pernambuco, tendo a empresa Mercúrio como matriz do grupo empresarial.

PACIENTES FICTÍCIOS   

Além de pagar funcionários das empresas privadas com verbas públicas por uma das terceirizadas que prestam serviços ao Governo, outra prática que estaria sendo comum do grupo empresarial para sangrar o erário seria a manipulação nos atendimentos fictícios de pacientes. O blog traz no próximo post os detalhes desse outro esquema.


















O OUTRO LADO

Mesmo após inúmera tentativas de ouvir o outro lado, o Blog não conseguiu contato com a assessoria de comunicação do grupo, mas desde já o espaço está aberto para eventuais questionamentos.

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