sexta-feira, 4 de agosto de 2017

"Em nome do nosso povo simples, honesto e trabalhador, voto contra o presidente Temer”, diz Eliziane Gama


A deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) dedicou ao povo simples e trabalhador o seu voto a favor da autorização para que o Supremo Tribunal Federal investigue o presidente Michel Temer por corrupção passiva.

A votação ocorreu na noite da última quarta-feira (2) no plenário da Câmara dos Deputados. “Em nome do nosso povo simples, honesto e trabalhador e contra a corrupção no nosso país e, sobretudo, porque ninguém está acima da lei, voto contra o presidente Temer”, disse a parlamentar maranhense. 

Mais cedo, quando o plenário ainda votava requerimentos sobre a matéria, a deputada fez críticas à permanência de Michel Temer no cargo.

Na opinião dela, a crise política pela qual passa o país é fruto da instabilidade causada pela permanência de Michel Temer à frente da Presidência da República. A afirmação foi feita no plenário da Câmara, que analisa desde a manhã a autorização para que o peemedebista seja processado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva.

“A crise que o Brasil vive tem nome: é Temer. E a crise vai continuar. Este é um governo precário. O mais coerente é a gente finalizar este processo e colocar o Brasil nos trilhos e sair deste momento de crise política, econômica e de ética. Por isto, vamos votar pela admissão desta denúncia”, defendeu a deputada do PPS.

Eliziane Gama lembrou que, mesmo que a Casa não autorize o STF a processar Temer, outras denúncias da Procuradoria Geral da República contra o presidente da República deverão parar na Câmara para que esta novamente se posicione sobre a questão.

A parlamentar diz que a eventual não autorização dos deputados para que os ministros do Supremo possam julgar Temer não acaba com a instabilidade política.

 Novas denúncias

“Não sabemos o que virá com a delação do Cunha e do Funaro”, disse a parlamentar numa referência ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), preso na operação Lava Jato, e ao corretor Lúcio Funaro. As revelações dos dois teriam efeitos devastadores contra a cúpula do PMDB, incluindo o presidente Michel Temer.

Preso desde julho do ano passado, Funaro é alvo de ação penal por fraudes no Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) junto com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O doleiro está negociando com o Ministério Público uma delação premiada.

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