quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

FUNASA faz em São Luís a medicina da doença com criadouros do aedes aegypti


O presidente da Fundação Nacional de Saúde, Henrique Pires, veio a São Luís, acompanhado do diretor Arnaldo Melo, para um ato político programado pelo PMDB no plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão. Para o anúncio de obras de saneamento básico de até 50 mil reais para mais de 100 municípios maranhenses, acabaram sendo recepcionados pela Superintendência do Maranhão com um vasto criadouro de aedes aegypti na sede da instituição.

O ato político que seria marcado com uma solenidade com convidados de vários municípios, se tornou um grande fiasco, com a divulgação de uma matéria pela afiliada da Rede Globo em São Luís e posteriormente no Jornal Nacional, em que foi mostrado para todo o país, que na sede da instituição federal havia milhares de criadouros de aedes aegypti em carrocerias e dentro de veículos depreciados e abandonados no pátio interno da superintendência da FUNASA em São Luís.

O mais grave é que os criadouros ficavam bem próximo ao Hospital Getúlio Vargas, onde são tratadas pessoas graves e de alto risco. Para ratificar a política da doença, agentes da vigilância sanitária municipal constataram a existência de larvas em inúmeros do local, mesmo depois que dezenas de carros, caixas d’agua e outros objetos que mantinham criadouros foram retirados, tendo sido recomendado a aplicação urgente de veneno no local, diante das constantes chuvas.

Criadouros foram transferidos para a proximidade de escolas

O Superintendente da FUNASA, André Campos, carrega uma passagem marcada por denúncias graves de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão e favorecimento para campanhas de políticos da base aliada da então governadora Roseana Sarney. As acusações que pesam sobre ele são graves e envolvem acentuados volumes de recursos e bem maiores em relação a atos de corrupção praticados por elementos que estão presos pela Lava Jato. Infelizmente o caso do DETRAN, bastante vergonhoso está sendo tratado pelo atual governo com indiferença e comenta-se com bastante propriedade, que estariam existindo acordos políticos em favor da impunidade.


Como tentativa de destruir os criadouros instalados em carcaça de veículos, a solução encontrada foi ainda pior, com a transferência dos carros velhos e abandonados na sede da superintendência para outro local em que há escolas e todos ficaram expostos a céu aberto à espera de água das chuvas para a procriação de mais aedes aegyti, o que ratifica que em São Luís a FUNASA se especializou em praticar a política da medicina da doença.

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