quinta-feira, 28 de julho de 2016

Risco de hidrelétrica em Minas Gerais romper é grande, diz ministro do Meio Ambiente


Sarney Filho afirma que a barragem da Hidrelétrica Risoleta Neves, na região de Mariana (MG), está a um metro do limite máximo de segurança. 'Se as chuvas vierem, há um risco real de rompimento', alerta.

Segundo o ministro, a mineradora iniciou o trabalho de dragagem há dez dias, quando deveria ter começado há dez meses. Ele afirma que foram feitos ofícios e estabelecidas multas à Samarco, e que a Defesa Civil foi acionada.
Sarney Filho afirma que foi sugerido um treinamento de evacuação com moradores de comunidades próximas, vetado pelas prefeituras para que não gerasse pânico entre a população.
‘Acreditamos que o risco, que é grande, existe, mas estamos fazendo tudo que é possível e pressionando a empresa para que faça a barragem. O fundamental é o que plano de contingenciamento seja feito’, afirmou.

‘Amazônia corre risco de um grande incêndio florestal’
O ministro do Meio Ambiente afirma que o governo está preocupado com a situação climática da Amazônia, que pode gerar incêndios de grandes proporções. ‘Talvez de proporções jamais vistas’, disse.
Como prevenção, a primeira atitude, segundo Sarney Filho, será a detecção de focos de queimada, principalmente em unidades de conservação oriundas de problemas de terra, como grilagens e desmatamento ilegal. Esses focos são detectados em tempo real por georreferenciamento em áreas, e estão voltados para regiões onde a seca é mais severa, disse o ministro.
Um dos problemas para o aumento das queimadas citado por Sarney Filho foi o ‘corte enorme’ no orçamento nas brigadas anti-incêndio. Ele afirma que o presidente em exercício Michel Temer já decidiu por recompor os cortes para retomar as brigadas e convênios com municípios. ‘Contatamos o Fundo da Amazônia. Estão dispostos a reforçar a estrutura, alugando e dando combustíveis a helicópteros’.
Obter os recursos por medida provisória como urgência é uma das possibilidades, segundo o ministro do Meio Ambiente, mas o valor ainda não foi definido. Ele relata que participou de uma reunião com o ministro do Planejamento sobre o tema.
Sarney Filho defende uma parceria com estados para fornecimento de dados de licenças para desmatamento, e acentuar o uso do cadastro ambiental rural. Segundo ele, diferente de outras épocas, o desmatamento está acontecendo por um grupo organizado, e não mais por pequenos proprietários. ‘Agem com muito recurso e tecnologias avançadas em busca de lucro com a madeira ilegal e a grilagem de terras’, afirmou, estabelecendo uma meta de que o em dois anos o desmatamento da Amazônia chegue a 3%.

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