A imagem
(acima) é o retrato da preocupação do prefeito Edvaldo Holanda Júnior
e do secretário de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, com a Educação de
São Luís.
Conhecido
como antigo Orfanato Santa Luzia, o prédio, que fica localizado na Rua Osvaldo
Cruz – nª 1374, no Centro, é utilizado como depósito de material didático do
município. A Secretaria Municipal de Educação (SEMED), em suas atribuições,
deve realizar a entrega dos livros em todas as unidades escolares da capital e
zona rural. Entretanto, o serviço de transporte responsável pela distribuição
do material está parado por motivos que nem o secretário conseguiu explicar.
A SEMED –
mais uma vez – demonstra descompromisso, desrespeito e descaso com o
corpo educacional – desdenhando de forma repudiante a luta de pais,
professores e alunos que almejam uma educação de qualidade.
Nesse prédio
em ruínas, o governo municipal encarcera o desenvolvimento, o conhecimento e a
perspectiva de construção de um futuro melhor para as crianças da rede pública de
São Luís. “A nossa educação está sendo ruída pela desmoralização do poder
vigente. É revoltante ver o que nós lutamos diariamente para construir – se
transformar em pó nas mãos dessa gestão, que atua como o algoz da nossa
educação”, lamentou a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do
Sindeducação.
Diante da
situação, é o professor (mal remunerado, que trabalha em péssimas condições e
totalmente desvalorizado) que assume o controle das obrigações da gestão
municipal, e vai em busca da resolução do problema. Nesta semana,
uma professora da zona rural, que preferiu não ser identificada, pagou a
quantia de R$ 100,00 para o transporte parcial dos livros; faltando ainda, uma
parte do material a ser transportado.
Os livros
para o ano letivo de 2016 (encaminhado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação – FNDE no mês de outubro de 2015) estão há quatro meses armazenados em
local sujo, depredado e sem qualquer condição sanitária – aguardando a
regularização do transporte de entrega; ou que, mais uma vez, o educador pague
o preço para fazer o seu trabalho.
Em resposta,
o secretário Geraldo Castro afirmou que o problema será resolvido até a
quinta-feira, 18 de fevereiro.
Agora, é
torcer para que o prazo determinado pelo titular da pasta não perpetue mais
uma UTOPIA na educação.
“É uma
irresponsabilidade do atual governo. Isso demonstra o quanto a Secretaria
Municipal de Educação (SEMED), tem priorizado a educação do nosso município. O
atraso gera um ciclo vicioso que prejudica o processo de ensino e aprendizagem
dos alunos”, pontuou a professora Isabel Cristina.
NEGLIGÊNCIA
REINCIDENTE – no dia 17 de abril de 2015, após denúncia representada pelo
Sindeducação, o promotor de justiça Paulo Avelar, foi pessoalmente apurar a
ocorrência de estocagem inadequada e desperdício de materiais escolares
no depósito da SEMED. Durante a vistoria, foram
encontradas: carteiras novas empilhadas, mesas e armários entulhados, ônibus
novos parados, materiais de papelaria danificados, livros de 2014 que não foram
distribuídos, mofo, cupim, infiltração, goteiras, entre outros problemas.
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