quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Cerca de 32 escolas já foram invadidas na gestão de Edivaldo Holanda Junior




O cenário de violência nas escolas da rede municipal de São Luís virou uma rotina extensiva que vem causando inúmeras consequências para toda a sociedade ludovicense. Desta vez, a UEB Roseno de Jesus Mendes, situada na Vila Janaina, foi incendiada pelo menos três vezes de 2014 para cá; tal fato demonstra quanto o governo municipal tem priorizado a educação pública da capital.

De acordo com levantamentos policiais, bandidos entraram num espaço próximo ao telhado central que dá acesso a sala dos professores, local onde foi totalmente destruído pelo fogo que se espalhou rapidamente; atingindo armários, livros, cadeiras, banheiro, rede elétrica e demais compartimentos. No momento, o corpo de bombeiros foi acionado e conseguiu controlar uma pequena parte das chamas, mas não impediu que o fogo destruísse a sala.

Dados do Sindeducação apontam que de 2013 para cá, pelo menos 32 escolas sofreram algum tipo de violência; arrombamentos, assaltos, incêndios, enfim, uma diversidade de ações criminosas que deixaram o corpo escolar em estado de choque; mas mesmo com todo esse espetáculo de terror, o prefeito Edivaldo  Holanda Junior e o secretário de Educação Municipal Geraldo Castro Sobrinho, continuam flutuando em relação aos problemas educacionais, principalmente a vigilância nas escolas que até o momento não foi resolvido.


Para a presidente do Sindicato dos profissionais do Magistério de São Luís, professora Elisabeth Castelo Branco, a problemática de insegurança nos espaços escolares é uma briga antiga da entidade sindical, desde quando reduziram o número de vigilantes nas escolas. Segundo ela, a cobrança tem sido de forma insistente para que a Secretaria de Educação contrate uma empresa especializada que atenda às necessidades da comunidade educacional de São Luís.

“A qualidade nos serviços prestados ao corpo escolar sempre foi uma das prioridades cobradas pelo Sindeducação. Várias escolas estão sendo destruídas em um curto prazo de tempo. Essa situação perdeu o limite por completo. Estamos à espera do resultado da ação civil pública ajuizada em 2015 pelo Ministério Público a nosso pedido; e uma das pautas reivindicadas é a questão da vigilância; caso isso não resolva teremos que tomar outras medidas – sem desconsiderar a possibilidade de uma paralisação geral mediante o que vem ocorrendo”, pontuou a presidente.

Depois do episódio violento, a dona Maria de Lourdes mãe de duas filhas que estudam na UEB, esbravejou desesperada. “Aonde minhas filhas vão estudar agora; nessa escola nunca mais; não sei mais o que fazer; elas necessitam aprender para conseguir vaga em uma faculdade. Não sei o que vou fazer”, protestou entristecida.

Outra mãe disse que nunca viu tanto incêndio em uma escola só. “Já é a terceira vez que a escola é incendiada por vândalos, na verdade, perdemos as contas de quantos atos de violência foi presenciado nesta escola. Minha menina estuda há 13 anos nessa unidade e vivo preocupada com o que pode acontecer. Fico sem saber o que devo fazer”, relata a senhora preocupada.

Descaso - Como conceituar episódios rotineiros como a questão do vandalismo nas escolas? O secretário de Educação Geraldo Castro tem sempre com desculpas esfarrapadas. Emite nota explicando o que aconteceu e o que fazer depois do incêndio. Na nota, a SEMED pede apoio a Policia Militar e Guarda Municipal, ou seja, uma resolução momentânea. É hora da Prefeitura de São Luís acordar para o caos que vem assombrando a Educação municipal.




De acordo com a professora Marcia Dutra, da diretoria do Sindicato, os casos de violência nas instituições escolares tem sido uma prática recorrente. “A culpa desses episódios, deve-se, exclusivamente, a inoperância da gestão municipal que deixou chegar a esse ponto. Caso isso não resolva em caráter emergencial outras escolas ainda podem ser vítimas da violência”, disse.

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