sábado, 30 de janeiro de 2016

Zika vírus pode transmitir doença rara em adultos e causar paralisia

Correio Braziliense


Além da microcefalia em recém-nascidos, o vírus zika pode transmitir também outra doença rara: a Síndrome de Guillain-Barré. Ela, contudo, atinge também pessoas adultas, e não só bebês. A infecção ataca as células nervosas do corpo, provocando fraqueza muscular e, em casos graves, paralisia total. O alerta veio da agência americana CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), que junto às autoridades brasileiras, está investigando a provável conexão. A empresa pediu ainda que gestantes de todo o mundo evitassem viajar para os 22 países que estão com surto do vírus.
De acordo com o New York Times, pacientes do Brasil com a síndrome perderam a sensibilidade da pele e dos músculos — não conseguem sentir texturas, calor e dor nos membros, apenas um formigamento em algumas partes do corpo. Em casos avançados da doença, a vítima pode ter paralisia quase total, ou seja, ela fica consciente, mas incapaz de falar ou se mover. Este tipo de paciente corre sérios riscos de ter paralisia pulmonar, levando-o à morte.
Um estudo recente da Universidade Federal de Pernambuco mostra que alguns pacientes com a síndrome de Guillain-Barré foram infectados anteriormente com o zika. No entanto, ainda precisa ser investigado. O Ministério da Saúde ainda não confirmou a relação direta da doença com o zika, mas afirma que a síndrome é uma reação de agentes infecciosos, como vírus e bactérias.
TRATAMENTO

O tratamento para os pacientes desta doença é baseado na remoção de sangue do corpo. Ele é separado e os glóbulos brancos e vermelhos são reinjetados no corpo, no entanto, o plasma é descartado. Cientistas acreditam que essa técnica remove os anticorpos que atacam os nervos. Além do Brasil, outros países da América Latina também registraram o aumento de pacientes infectados com a Guillain-Barré, como a Colômbia e a Venezuela. Em El Salvador, foram registrados, em um período de 35 dias, 46 casos, sendo dois deles fatais. Antigamente, a doença atingiu cerca de 14 pessoas por mês.

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