quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Atestado de óbito pode ter sido fraudado por médico da EMSERH

 


Um escândalo pode envolver a cúpula da EMSERH. O médico Fernando H R do Couto, atual diretor-clínico do órgão, pode se tornar alvo de uma investigação por suposta prática de adulteração de atestado de óbito, após o falecimento de uma paciente do HCI – Hospital de Cuidados Intensivos. A morte de Raimunda da Conceição Martins, ocorrida no dia 19 de maio de 2020, ainda causa comoção, revolta e indignação.

De acordo com familiares de Raimunda da Conceição Martins, ela deu entrada no HCI no dia 3 de maio de 2020, após diagnóstico de covid-19. A paciente ficou alguns dias sem ter informações repassadas aos familiares, que descobriram no dia 21 de maio que ela já estava morta.


No entanto, os familiares desconfiam que Raimunda da Conceição Martins estava morta há um bom tempo, pois o aspecto do corpo estava completamente diferente com aspecto de putrefação avançado, assim como havia indícios de uma tentativa de disfarçar o estágio de decomposição.

Existem informações que o corpo Raimunda da Conceição Martins foi esquecida no morgue – acolhimento dos óbitos – por isso, a demora em comunicar a família e o aspecto diferente do corpo ao ser entregue para a família.

Ainda chama atenção o fato que existem duas informações discrepantes e familiares estão levantando a hipótese de suposta prática de adulteração de atestado de óbito.

A suspeita é levantada, pois o prontuário eletrônico do HCI, a médica Ticiana Almeida Veras informou a morte de Raimunda da Conceição Martins no dia 19 de maio de 2020 às 22h, após PCR – parada cardiorrespiratória. Acontece que o atestado de óbito número 29513570-0, assinado por Fernando H R do Couto informa que ela morreu no dia 21 de maio às 23h30 em decorrência de síndrome respiratória grave e suspeita de covid-19.

A família vem exigindo explicações da Secretaria estadual de Saúde e a Justiça já foi acionada para investigar o caso. Caso seja comprovada a adulteração do atestado de óbito, os responsáveis pela prática delituosa podem sofrer severas sanções.

O médico Fernando H R do Couto também será denunciado a Comissão de Ética do Conselho Regional de Medicina do Maranhão para que sua conduta seja investigada.

 

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