segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Fraudes no Enem: PF realiza operações no Maranhão e mais sete estados

A Polícia Federal realizou neste domingo duas operações em oito estados para reprimir fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A Operação Embuste, que visa a desarticular “organização criminosa especializada em fraudar processos seletivos para o ensino superior”, cumpre 28 mandados judiciais, incluindo quatro de prisão temporária, em Montes Claros, Minas Gerais. Já a Operação Jogo Limpo acontece em Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Tocantins, Amapá e Pará.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), nenhum dos dois trabalhos invalida a aplicação das provas neste fim de semana. A organização alvo da operação em Montes Claros teria fraudado, só em 2016, ao menos duas provas: um vestibular em Mineiros, Goiás, e outro em Vitória da Conquista, na Bahia.
Segundo a Polícia Federal, o próximo passo do grupo seria fraudar o Enem. A PF afirma também que conseguiu identificar repasse de gabaritos por “moderna central telefônica via celular”. De acordo com o MEC, não houve vazamento de gabarito do exame.
Foram cumpridos 28 mandados judiciais: quatro de prisão temporária, quatro de condução coercitiva, 15 de busca e apreensão, e cinco mandados de sequestro de bens.
Já a Operação Jogo Limpo teve 22 mandados de busca e apreensão em sete estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Tocantins, Amapá e Pará. A partir de gabaritos de anos anteriores analisados pela PF e pelo Inep, 22 pessoas foram identificadas como suspeitas. Elas fariam a prova novamente em 2016.
O Inep informou, por meio da assessoria de imprensa, que os casos investigados não comprometem a validade do Enem deste ano, que segue conforme planejado. Sobre detalhes das investigações, o órgão disse que são dados de responsabilidade da Polícia Federal, ligada ao Ministério da Justiça.
As operações da PF estavam programadas e poderiam ter sido deflagradas ontem, mas houve um entendimento do governo de que, para garantir a tranquilidade do primeiro dia do processo, seria mais adequado serem efetuadas neste domingo.
O ‘modus operandi’ mais comum dos fraudadores investigados era colocar pessoas específicas para fazer a prova que saíam a tempo de passar as respostas aos candidatos que compravam esse “gabarito”. O repasse de informações ocorria por meio de pontos eletrônicos e outros equipamentos.

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